23.11.02

O Zé Luiz estava radiante e todo empolgado com o seu “brinquedinho”. O Seu Juvêncio, o bigodudo gago, o ex-campeão brasileiro de 57, iria iniciá-lo nas artes do balonismo amador. Não sem custos, claro. O aluguel de uma picape, várias viagens a Pindamonhangaba (inclusive uma durante uma noturna tempestade de granizo), a compra de diversos equipamentos inúteis ou úteis mas fora da bitola, uma briga com a noiva e um estouro do limite do cartão foram todas etapas necessárias enquanto eram preenchidos formulários da Receita Federal, curso de brevê da ABB, da Infraero e seilá o que mais. Embora eu considere que o único formulário fundamental seria um exame psiquiátrico detalhado da cabeça do Zé, que a essa altura já estava imaginando como usar o balão como meio de transporte intercontinental.

Pois bem, ao final das contas, esse que vos fala já está oficialmente escalado e cadastrado como equipe de resgate. Eu deveria examinar a MINHA cabeça.