26.2.04

Encyclopaedia Sinistra: Arte Bizantina.

O apogeu da feiura. A Arte Bizantina foi a arte mais horrorosa já produzida por História da Humanidade e provavelmente de toda a pré-história, incluindo os Australopitecos.
Pinturas de palhaços chorando se tornam obras-primas ao ser comparadas aos Ícones Bizantinos. Aquela estátua do Borba Gato começa a parecer extremamente elegante se comparada aos mosaicos bizantinos. Carnavalescos de escolas-de-samba do terceiro grupo de Mogi-Guaçu tem mais bom gosto que o melhor arquiteto de Constantinopla. Chimpanzés drogados pintando com seus próprios excrementos psicografando Basquiat não produziriam coisas tão horrendas quanto as que foram produzidas em Bizâncio. Alah abençoe os Otomanos.

25.2.04

Piiiiiiiiii

E por falar em imbecil: Vi hoje um pedaço do tal Big Brother. Lá pelas tantas aparecia um gráfico no canto da tela mostando o saltitante batimento cardíaco dos integrantes.

Se fosse eletroencefalograma apareceria uma linha reta.

O Perfeito Imbecil

A principal característica do Perfeito Imbecil é não se reconhecer como tal. O Mala freqüentemente sabe que é um Mala. Muitos Burros tem plena noção de sua limitação. Existem diversos Canalhas assumidos e até Completos-Filhos-da-Puta de carteirinha com exame médico em dia.

Já o Imbecil nunca se assume como tal. O Perfeito Imbecil, então, é aquele que tem como passatempo identificar apenas nos outros a Imbecilidade. Como, por exemplo, esse vosso amigo aqui.

24.2.04

100% Burguês

Todo burguês tem um pouco de vergonha de ser burguês. Até a palavra burguês lhe dá um pouco de repulsa, como se fosse uma doença herdada no sangue, que por via das dúvidas é melhor não ser pronunciada. O burguês não se sente contente como burguês. Alguns gostariam de ser aristocratas. Diversos sonham com uma vida mais simples, mais próxima à natureza, mais longe dos burgos. Outros ainda tem até uma certa vergonha do lucro e da mais-valia. Não conheço nenhum burguês que se sinta plenamente burguês.

Somente um operariozão mesmo - daqueles cheios de calos, meia dúzia de filhos, que trabalha onze horas por dia num galpão com uma janelinha minúscula no teto consegue ter uma alma incolumemente burguesa.

Só o proletário é 100% burguês.