Diário de bordo. 15º dia.
Selma estranhou o fato de eu ter ficado com Celeste na noite anterior. Enquanto todos dormiam, ampliou ao máximo o som do Judas Priest. E o pior, ligou o Abtronic
no eixo central do balão detonando a maior turbulência registrada até aqui. Com o chacoalhar, o bico do seio da Ellen Roche, estampado do lado de fora da lona, chamuscou. Corremos um sério perigo. Quando acordamos, Selma estava nua. Parecia fazer uma Kundalini. Seus peitos gordos balançavam frenéticamente deixando a impressão que as borboletas tatuadas neles ganhassem animação. Parecia estar furiosa. A visão que tínhamos da terra era a de que um terromoto estava levando a civilização pro saco. Desliguei a porra do Abtronic e corri até o Jorge. Pedi a ele os tranquilizantes guardados no armário 6. Pegamos o Dormonid. Chamei o Anselmo para que me ajudasse a segurar a gordinha e enfiamos 4 comprimidos em sua boca.Certos de que a coisa tinha descido pela goela, sentamos para ver a performance de Selma esvaziando até se desmanchar no assoalho como uma água-viva. "A geléca revemetal sucumbiu", gritou Anselmo. Isso me deixou irritado.
Diário de bordo. 16º dia.
Anselmo veio com um papo bom hoje. Falava sobre o processo de absorção de pesquisas
não-figurativas como componentes na construção do espaço humano.
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