Meu quarto hoje é amarelo. Um amarelo quente, iluminado e meu. O ventilador trímero ainda descreve um disco bege cujo centro luminoso fluorescente, fruto do racionamento, sofre de mal-contato.
Minha cama é um caminhão, com a caçamba cheia de antigas importâncias, não caibo mais nela, não sei o que ela esconde, a lona preta não deixa. (Se ao menos lembrasse um tatame com lona amarela, me sinto tão cansado).
Não quero parecer-lhes estranho, mas sinto-me residente da gema, enfim.
pescado de Aventuras de um Lebiste
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