Diário de bordo. 19º dia.
Considerando o estímulo como uma emissão de energia sonora de módulo constante e frequência e tempo de emissão variáveis, eu e Anselmo nos dirigimos ao computador, a fim de localizar o Maurício para que a questão de nosso GPS fosse solucionada.
I = Kft. Pela lei de Fechner S = LI + C, ou S = Lf + Lt + C.
Como a sensação é saturável, me explicou Anselmo, St = Se - at, sendo S a sensação inicial e St a sensação após um tempo de exposição.
Assim, St = (Lf + Lt + C ) + e - at (df/fdt = 1/t ) ou P = e - at ( df/ ftd + 1/t - a ( Lf + Lt + C).
Propondo a fórmula acima como a da percepção a um estímulo sonoro, plugamos o headphone de Celeste no computador. Anselmo levou-o aos ouvidos e aguardou ansioso por um contato do Maurício. Uma hora se passou e nada. De repente, o alívio. Um grunhido entrou. Perguntei ao Anselmo mais detalhes. Ele me disse que estava conseguindo decifrar alguma coisa. "OK!", gritou ele. " É o Maurício. É ele, em voz e osso ". " Voz e osso?", exclamei. " Ele está dizendo que o nosso GPS está setado errado. Por isso, resolveu alugar um jato da FAB e está voando em nossa direção com o seu Juvêncio ". Neste momento a conexão caiu. Anselmo tirou o headphone e olhou fixamente para mim. Misturava alegria e apreensão.
Perguntei como poderia ser feita a baldeação de duas pessoas de um Jato para dentro de um balão. Anselmo riu. Me lembrou que o seu Juvêncio saberia perfeitamente como fazer isso. Bem, não precisamos dizer que a notícia se espalhou rapidamente por todo o balão. Nossa cestinha balançava de tanta alegria. Selma tirou a saia e a blusa, ficando só de calcinha e sutiã. Celeste agradecia ao Rajneesh, dançando uma Nataraj de fazer inveja a qualquer um. Jorge resolveu levantar, deu um forte abraço em todos e voltou para o seu canto, onde abriu as Sidras reservadas para o nosso Natal.
Achei que a comemoração poderia ser mais esfusiante. Lembrei que tinha guardado 643 comprimidos de ectasy no fundo da mala. Os mesmos que utilizei juntamente com o Ratapulgo na saída do Campo de Marte. Dei quatro pra cada um. Selma preferiu tomar logo oito. Jorge não aceitou. Pegamos o cálice de Sidra, brindamos e blog. Coisa pra dentro. Meia hora depois a coisa já tava complicada.
Prudentemente, deixo para o Jorge contar como foi.
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