Acho muito legal a direita sair logo do armário. Mal posso esperar para vê-los todos desfilando na Paulista na "III Parada do Orgulho Olavete".
Lá estaria o Reinaldo Azevedo dançando no alto do carro de som dos Neo-Criacionistas ao ritmo da versão tecno do Réquiem do Fauré. Em seguida viria o bloco dos anti-abortistas cantando a marchinha "Toda Vida é Sagrada" e logo atrás a vivaz tchurma da Pena de Morte. Diogo Mainardi com sua cara de esfíncter acenaria sem-graça para a multidão alucinada de neocons. Um Opus Day posaria para fotos de turistas argentinos ao lado de um sujeito com uma máscara de Erasmo Dias. Um conhecido blogueiro, ao passar em frente às câmeras de TV, mandaria beijos e declararia em sua voz aguda: "Eu sou libertário, meu bem, li-ber-tááá-rio!!! U-hu!!". Fechando a parada o sambão dos Unidos do Oligopólio de Nárnia e dos Devotos de São Hayek.
O povão brasileiro — que, segundo consta, é maciçamente de direita e sequer pode ouvir a palavra Estado — entraria imediatamente na festa, cairia de boca no bacanal liberalizante onde ninguém é de ninguém e quem manda são as leis do mercado.
U-hu!!
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Sério, gente, o Olavo de Carvalho não é o próprio Clóvis Bornay da direita brasileira?
Eu sempre o imagino nas passarelas do Copacabana Palace desfilando em seus magníficos trajes sumérios. "Querido, essa é minha última criação: Sodoma, Gomorra e o Foro de São Paulo submersos em chuva de ouro de Moscou, enxofre e purpurina."
Grande Olavão!