31.8.04

Da inefável sutileza da alma feminina

Publico agora um caso absolutamente real acontecido em gerações anteriores da família. Não tenho dúvidas que poderia ocorrer novamente hoje em dia em uma família perto de você. Aqui está publicamente exposto para que possamos, eu e você, meditar a respeito dos obscuros meandros que constituem a insondável psique das mulheres que, afinal de contas, tanto amamos.

Personagens: Mãe e Filha

A Filha roía as unhas constantemente. A Mãe se irritava e impunha terríveis castigos à filha para que ela se abstivesse deste hábito horrível. Dos tapas e punições mais brandas a Mãe passou a bater com a cabeça da Filha na parede cada vez que detectava as unhas roídas. Também tornou-se um hábito. Até que certo dia a Filha, já maior de idade, enfrentou a Mãe e disse não importava quantas vezes sua cabeça fosse arremessada contra a parede ela nunca pararia de roer as unhas. Ela já era crescida, as unhas eram dela e ela continuaria comendo até o talo, se assim quisesse. Ao que a Mãe respondeu: Ah, é? Se bater a sua cabeça na parede não adianta, então vou começar a bater a minha. E a Mãe começou a martelar a testa contra a parede com muita força.

Foi assim que a Filha parou de roer as unhas.