Um texto véio, nessa data comemorativa (?!?)
- Boa tarde, amigos do esporte. Estamos de volta no intervalo do jogo EUA X Terrorismo, aqui direto do Afeganistão. Por enquanto o placar está 4.000 a 400 para o Terrorismo. Para você que está ligando agora e está surpreso com o placar, a gente explica. Os EUA se vangloriavam de ter a defesa menos vazada e foram pegos de calça curta logo no começo do jogo e, com poucos minutos de jogo, já estavam tomando uma goleada histórica do Terrorismo. Mas aos poucos os EUA começaram a fazer prevalecer seu jogo e estão tentando reverter o placar. O que você acha, Kissinger? Será que EUA conseguem reverter a situação?
- Veja bem, Cláudio, apesar do forte apoio da sua grande torcida, os EUA preferem sempre jogar na casa do adversário. Agora os EUA tentam colocar muita pressão na saída de bola do Terrorismo, mas esse Taleban faz muito bem o meio de campo e sabe esconder muito bem a bola. Os EUA pressionam, pressionam, mas têm muita dificuldade em ampliar o marcador. Para mim a partida ainda está totalmente indefinida já que o Terrorismo tem um contra-ataque perigosíssimo e pode, a qualquer momento, ampliar o marcador.
- Cláudio?
- Fala Silveira.
- O problema também está na finalização, viu, Cláudio. Os números mostram que enquanto os terroristas têm um ótimo aproveitamento, os americanos chutam de qualquer jeito e já mandaram a bola fora do estádio acertando até um prédio da ONU e outro da Cruz Vermelha. Os EUA precisam melhorar a pontaria, senão não sei não.
- E esse garoto, o Antraz, que está agora infernizando a defesa americana?
– É verdade! Embora o Antraz não seja muito eficaz nas finalizações, ele dribla muito, e cumpre sua função, que é deixar o time americano em polvorosa.
- Agora, ô Cláudio, deixa eu falar uma coisa: Esse Antraz não é garoto, não. Pode ser um rosto desconhecido para a maioria dos torcedores. Mas ele foi formado nas próprias categorias de base dos EUA, já rodou vários países e agora está fazendo o nome vestindo a camisa dos Terroristas.
- Então vamos ver o retrospecto dos dois times em seus últimos confrontos:
- Olha, o Afeganistão vai sempre muito bem quando joga em casa. Ganhou do time Inglês quando a seleção inglesa era a mais forte do mundo. E no último confronto contra a respeitável seleção soviética, apesar de ter sido dominado quase o tempo todo, acabou fazendo os russos saírem com o rabo entre as pernas.
- E os EUA, Kissinger? Eles tinham até então uma boa campanha, não é mesmo?
- Certamente. Olha, Cláudio, em termos de matança indiscriminada de civis, não tem pra ninguém não. É o melhor ataque do campeonato. Apesar de estar sofrendo esse revés agora, as últimas partidas os EUA ganharam de goleada. Foram cerca de 130.000 civis só na última partida com o Iraque, quando quem comandava era o pai do técnico atual.
- Isso sem falar em Hiroshima e Nagazaki, hein, Kissinger?
- É isso aí, Cláudio, foi uma goleada histórica com centenas de milhares de civis pulverizados. Mas isso foi no tempo em que se amarrava cachorro com lingüiça, como diz o outro.
- E aí no gramado, Silveira?
- Os dois times estão voltando a campo de batalha. Estamos aqui com o atacante e artilheiro dos EUA, o capitão Colin Powell. É conhecido como o Canhão Ianque, não pode ver uma brecha na defesa adversária que solta a bomba. Como é que você está vendo esta partida Colin? Vai dar para reverter esse placar?
- É como eu sempre digo: a guerra contra o terrorismo é uma caixinha de surpresas. Nós estamos cumprindo a determinação do professor Bush e vamos continuar impedindo o jogo aéreo dos caras. E vamos partir para cima deles e impor nosso jogo.
- E o Bin Laden? Tá muito difícil de marcar o homem?
- É, a gente não tá conseguindo fazer uma marcação eficiente. Tá difícil cercar o homem em campo, ele é muito liso, né? Mas a gente ainda pega o cara de jeito.
- Parece que vocês ficaram muito irritados com a comemorações deles nos primeiros gols...
- Pô, comemorar tudo bem. Mas fazendo fazendo aviãozinho, não! A galera ficou irritada e veio abaixo.
- É isso aí Collin, boa sorte pra vocês. Muita pressão e impedir o jogo aéreo do Terrorismo - é essa a determinação do técnico W. Bush para essa segunda etapa! É com você Cláudio!
- E o Bin Laden, você consegue entrevistar?
- Não vai dar não. Ele foi pro vestiário e sumiu, não sei se volta, não.
- E para o segundo tempo? Quem os EUA têm no banco?
- Olha os EUA têm um banco forte, tem o Stanley Fischer, o Michel Candessus, o Horst Koehler... mas o técnico americano parece que vai voltar com a mesma formação para a segunda etapa.
- Bem. Nós vamos dar uma paradinha para o Ramadan, mas voltamos daqui a pouco com os melhores momentos do confronto EUA X Terroristas. Fique conosco, a gente volta já-já.
11.9.03
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