1.7.06

Intermezzo

Placar parcial:
Dan "Marronzinho" 3 X 1 "Octopussy" Dei.

Ratzinger, técnico da esquadra aburra, promete endurecer o jogo. Nos vestiários, pede para os jogadores pararem com todo esse clima de auto-flagelação e partirem para cima dos adversários num jogo mais Franco. Alckimin, subindo nas pesquisas, pretende levar o jogo para a prorrogação. Reinaldo Azevedo, no entanto, saiu de campo contundido e não voltará para o segundo tempo.

Em time que está ganhando… Dan Brown promete dar seqüência ao bom trabalho e publicará pela terceira vez o mesmo livro, com um mais título diferente.

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Capítulo 12 do B

Em seu desmaio, o professor Epaminondas sonhou sonhos proféticos e oblíquos. Sonhou com o Bem-aventurado Josemaria Escrivá, durante a Guerra Civil Espanhola, que se escondia das tropas comunistas em um manicômio. Certa noite, à tíbia luz de uma vela, diante do espelho do banheiro comunitário, o jovem Escrivá indagava ao seu reflexo: "Oh, Senhor, sabeis como almejo a Santidade? Poderei eu ser um Santo? Serei eu digno? Senhor, dê-me um sinal, apenas uma palavra. Domina ut sit!" No reflexo do espelho sobre a pia, Escrivá enxerga uma forma sentada no vaso sanitário do escuro banheiro. "Queres uma palavra? Desejas a palavra que te conduzirá à santidade e aos vitrais das catedrais? Pois aqui a tem: Solidariedade." "Solidariedade? Entendo. Devo amar o próximo. Ser caridoso. Compartilhar os bens dos materialmente abençoados com os menos afortunados." A figura sentada no canto escuro da privada acende um cigarro. A brasa brilhante faz desenhos luminosos na escurdão. "Nah. Tá maluco? Solidariedade é o nome de um sindicato que haverá na Polônia. Ele será o Davi que derrotará o Golias vermelho que tanto o persegue. Um futuro Sumo Pontífice, agradecido, o beatificará e santificará em tempo recorde. Aí tens traçado o caminho da tua santidade. Comprarás o título de Santo por um pouco a mais do que pagarás pelo teu título de Marquês." "E o que devo fazer?" "Deves sair logo do banheiro pois tu vais começar a tua obra mas eu ainda preciso terminar a minha." E a figura deu um gemido. Escrivá olha novamente para o vaso sanitário. A figura não mais lá estava. Em seu lugar, um grande cocozão quente e enrolado. O mais fedido do mundo.

Buluca também sonhou. Sonhou que era um sábio chinês que havia sonhado que era uma borboleta. Essa borboleta batia asas no Tibet ocupado e provocava, no outro lado do mundo, um furacão que destruía New Orleans e Bragança Paulista. Ao acordar, o sábio chinês não sabia como havia chegado em casa na noite passada e o que fazia fantasiado de Katrina, a gueixa-boboleta-ninja.