Mas devo confessar que os primeiros dias no balão foram curiosamente interessantes.
Cada dia eu acordava em uma cabeça. Tinha sede, mas quando bebia a água ia parar no estômago de outra pessoa e a secura continuava. Demorei algum tempo para acordar em mim mesmo. Quando acordei estava imundo e o braço não era o meu. Só tinha guaraná Taí e Colubiazol para tomar banho. Saí desinfetado da bacia. Nenhum germe sobreviveria ao guaraná Taí.
Zé Luiz pilotava o balão com seu Joystick e Anselmo com a telepatia do Lair Ribeiro. Cada um tinha a sua função. A minha era utilizar os óculos de Lewis Carroll para descobrir formas de vida inteligente no radiador principal.
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