Rápido. Preciso descrever a cena que estou vendo agora antes que eu fique muintho bêubado...
...droga.... tarde demaix.............
14.1.03
Todos estavam muito tristes, sentados em torno de um aparelho de TV sem tela, lamentando o falecimento de Julinho Botelho e Maurice Gibb.
Eis que o Maurício nos mandou este mot d'esprit pelo D-D-Drim:
"Ele não era filatelista mas queria sê-lo"
Então todos se rejubilaram e quebraram os lacres dos odres de vinho de tâmaras.
Eis que o Maurício nos mandou este mot d'esprit pelo D-D-Drim:
"Ele não era filatelista mas queria sê-lo"
Então todos se rejubilaram e quebraram os lacres dos odres de vinho de tâmaras.
13.1.03
Mas devo confessar que os primeiros dias no balão foram curiosamente interessantes.
Cada dia eu acordava em uma cabeça. Tinha sede, mas quando bebia a água ia parar no estômago de outra pessoa e a secura continuava. Demorei algum tempo para acordar em mim mesmo. Quando acordei estava imundo e o braço não era o meu. Só tinha guaraná Taí e Colubiazol para tomar banho. Saí desinfetado da bacia. Nenhum germe sobreviveria ao guaraná Taí.
Zé Luiz pilotava o balão com seu Joystick e Anselmo com a telepatia do Lair Ribeiro. Cada um tinha a sua função. A minha era utilizar os óculos de Lewis Carroll para descobrir formas de vida inteligente no radiador principal.
Cada dia eu acordava em uma cabeça. Tinha sede, mas quando bebia a água ia parar no estômago de outra pessoa e a secura continuava. Demorei algum tempo para acordar em mim mesmo. Quando acordei estava imundo e o braço não era o meu. Só tinha guaraná Taí e Colubiazol para tomar banho. Saí desinfetado da bacia. Nenhum germe sobreviveria ao guaraná Taí.
Zé Luiz pilotava o balão com seu Joystick e Anselmo com a telepatia do Lair Ribeiro. Cada um tinha a sua função. A minha era utilizar os óculos de Lewis Carroll para descobrir formas de vida inteligente no radiador principal.
12.1.03
db 29.
Que loucura. O Ratapulgo fez pacto com o Xico Chavier ou anda se consultando com
o Robério de Olodum. Bem que avisei à Selma que poderíamos sofrer intervenciones de hackers espirituais. Eis aí. Agora não adianta derrapar no leite jorrado. Estamos diante de um cara iluminado que lê psicografias bloguianas apagadas minutos depois de
publicadas. Cosa de lôco.
Depois dessa pedi ao Jorge que enrolasse um baseado mostruoso,
misturando ao cânhamo restos do entulho do muro de Berlim capturados
na nossa última parada. Jorge escolheu um pedaço de pedra com a
inscrição "Solange esteve aqui". Junto, dechavou um casal de prestobarba enferrujado doado por Anselmo, enrolando tudo numa página dos " Fragmentos de Sabonete" do Jorge Mautner. Escolheu a dedo o capítulo que trazia Jimmy Hendrix a caminho de Mozart, usando a prerrogativa heracliteana que os divergentes consigo mesmo concordam. Jorjão comprou a idéia, queria que fosse um baseado-kaos, que se fumado lembraríamos do tempo em que ficamos rodando em círculo - ou círculos, a gente ainda não descobriu isso - sobre os céus de Moçambique. Na hora de fechar deu a idéia de trocarmos a saliva pela mostarda, para que a coisa tivesse algum sabor. O grupo aceitou, acendendo a bagaça no fogo que saía de um dos bujões de gás do balão.
A coisa rodou na carioca. Anselmo teve o azar de tragar parte do plástico azul do seu antigo barbeador, mas o resto foi bem. A ponta enfiamos no congelador.
Celeste deu bandeira que aquilo tinha começado a pegar. Entrou com um assunto totalmente merda. Observando o azar de Anselmo questionou as diferenças do acaso. Aquela velha estória de por que algumas coisas acontecem para uns e para outros não? Ignoramos a menina e fomos à varanda da cestinha respirar o ar de New Jersey.
- Uia!, gritou Jorge.
Anselmo - Olha o quê?
Jorge - Aquela luzinha.
Anselmo - Quê luzinha?
Jorge - Aquela.
Anselmo - Não tô vendo luzinha nenhuma.
Selma - Eu também não.
Jorge - Não?
Selma e Anselmo - Nãos.
Jorge - Ali. Bem ali.
Selma - Ah, verdinha?
Anselmo - Ah, é.
Jorge - Não, é azulzinha.
Selma - Ah, a azul.
Anselmo - Qual?
Selma - A azul.
Anselmo - Ah.
Jorge - Muito louca, né?
Selma - Muito louca.
Anselmo - Mais ou menos.
Selma - É, não é tão louca assim.
Jorge - É...
Após um breve silêncio.
Eu - Porra Jorge, você tá em pé?
Silêncio.
Celeste - É, tem certas pessoas que tenta consertar as coisas no meio da estória porque se esquece das características básicas dos personagens. Daí fica essa zona. Toca a enfiar frases no diálogo que não tavam no contexto dando uma bandeira de descaso terrível.
Eu - Tudo bem, Celeste. É comigo, né?
Celeste - Claro, porra. Esse seu diário tá com barrigas absurdas. Personagem merece respeito. Até os nossos nomes você esquece.
Eu - Isso foi o Ratapulgo quem trouxe à tona. Eu tinha apagado essa parte.
Celeste - Uma hora é o Ratapulgo o culpado outra hora é a manguaça do reveillon.
A gente merece respeito.
Celeste tirou um batom vermelho do bolso e escreveu em sua testa a palavra respeito
de trás para frente. O resto do grupo concordou com ela, passando todos a escrever respeito em suas próprias testas e a me olhar com aquelas caras de ambulância. Mais uma vez embichei.Virei as costas para o grupo e fiquei observando uma luzinha laranja muito louca que piscava nos os céus de New Jersey.
Não gosto de briga.
Que loucura. O Ratapulgo fez pacto com o Xico Chavier ou anda se consultando com
o Robério de Olodum. Bem que avisei à Selma que poderíamos sofrer intervenciones de hackers espirituais. Eis aí. Agora não adianta derrapar no leite jorrado. Estamos diante de um cara iluminado que lê psicografias bloguianas apagadas minutos depois de
publicadas. Cosa de lôco.
Depois dessa pedi ao Jorge que enrolasse um baseado mostruoso,
misturando ao cânhamo restos do entulho do muro de Berlim capturados
na nossa última parada. Jorge escolheu um pedaço de pedra com a
inscrição "Solange esteve aqui". Junto, dechavou um casal de prestobarba enferrujado doado por Anselmo, enrolando tudo numa página dos " Fragmentos de Sabonete" do Jorge Mautner. Escolheu a dedo o capítulo que trazia Jimmy Hendrix a caminho de Mozart, usando a prerrogativa heracliteana que os divergentes consigo mesmo concordam. Jorjão comprou a idéia, queria que fosse um baseado-kaos, que se fumado lembraríamos do tempo em que ficamos rodando em círculo - ou círculos, a gente ainda não descobriu isso - sobre os céus de Moçambique. Na hora de fechar deu a idéia de trocarmos a saliva pela mostarda, para que a coisa tivesse algum sabor. O grupo aceitou, acendendo a bagaça no fogo que saía de um dos bujões de gás do balão.
A coisa rodou na carioca. Anselmo teve o azar de tragar parte do plástico azul do seu antigo barbeador, mas o resto foi bem. A ponta enfiamos no congelador.
Celeste deu bandeira que aquilo tinha começado a pegar. Entrou com um assunto totalmente merda. Observando o azar de Anselmo questionou as diferenças do acaso. Aquela velha estória de por que algumas coisas acontecem para uns e para outros não? Ignoramos a menina e fomos à varanda da cestinha respirar o ar de New Jersey.
- Uia!, gritou Jorge.
Anselmo - Olha o quê?
Jorge - Aquela luzinha.
Anselmo - Quê luzinha?
Jorge - Aquela.
Anselmo - Não tô vendo luzinha nenhuma.
Selma - Eu também não.
Jorge - Não?
Selma e Anselmo - Nãos.
Jorge - Ali. Bem ali.
Selma - Ah, verdinha?
Anselmo - Ah, é.
Jorge - Não, é azulzinha.
Selma - Ah, a azul.
Anselmo - Qual?
Selma - A azul.
Anselmo - Ah.
Jorge - Muito louca, né?
Selma - Muito louca.
Anselmo - Mais ou menos.
Selma - É, não é tão louca assim.
Jorge - É...
Após um breve silêncio.
Eu - Porra Jorge, você tá em pé?
Silêncio.
Celeste - É, tem certas pessoas que tenta consertar as coisas no meio da estória porque se esquece das características básicas dos personagens. Daí fica essa zona. Toca a enfiar frases no diálogo que não tavam no contexto dando uma bandeira de descaso terrível.
Eu - Tudo bem, Celeste. É comigo, né?
Celeste - Claro, porra. Esse seu diário tá com barrigas absurdas. Personagem merece respeito. Até os nossos nomes você esquece.
Eu - Isso foi o Ratapulgo quem trouxe à tona. Eu tinha apagado essa parte.
Celeste - Uma hora é o Ratapulgo o culpado outra hora é a manguaça do reveillon.
A gente merece respeito.
Celeste tirou um batom vermelho do bolso e escreveu em sua testa a palavra respeito
de trás para frente. O resto do grupo concordou com ela, passando todos a escrever respeito em suas próprias testas e a me olhar com aquelas caras de ambulância. Mais uma vez embichei.Virei as costas para o grupo e fiquei observando uma luzinha laranja muito louca que piscava nos os céus de New Jersey.
Não gosto de briga.
11.1.03
Oi. Depois de algum tempo voltei a postar pelo Laptop da Celeste.
...um gosto de de azinhavre e kichute molhado na boca...
A primeira coisa que estranhei é a intensa claridade daqui de baixo. Todas as paredes foram pintadas de branco. Havia neon escorrendo das frestas.
Jorge agachado em uma cadeira de balanço com um radinho de pilha na orelha cantarolava o hino do Santos. Aquela menina que não lembro o nome girava em círculos com um negócio que parecia uma cinta abtrônic na cabeça. Celeste sumira. Anselmo dormia o sono dos injustos. E o Zé Luiz acabara de descobrir que a tatuagem das costas da menina era um mapa para o esconderijo de um tal promotor e girava em torno dela com uma lupa. Minha cabeça era uma rolha de champanhe, prestes a ser ejetada do corpo.
Foi aí que soltaram uma música muito alta e tudo começou a balançar...
...um gosto de de azinhavre e kichute molhado na boca...
A primeira coisa que estranhei é a intensa claridade daqui de baixo. Todas as paredes foram pintadas de branco. Havia neon escorrendo das frestas.
Jorge agachado em uma cadeira de balanço com um radinho de pilha na orelha cantarolava o hino do Santos. Aquela menina que não lembro o nome girava em círculos com um negócio que parecia uma cinta abtrônic na cabeça. Celeste sumira. Anselmo dormia o sono dos injustos. E o Zé Luiz acabara de descobrir que a tatuagem das costas da menina era um mapa para o esconderijo de um tal promotor e girava em torno dela com uma lupa. Minha cabeça era uma rolha de champanhe, prestes a ser ejetada do corpo.
Foi aí que soltaram uma música muito alta e tudo começou a balançar...
10.1.03
8.1.03
7.1.03
Então isso aqui num é Paquetá? Será que o Flávio tem razão? Bem que eu estranhei a cor do mar. E o cara trepando com as melancias. Ops, o cara das melancias é Paquetá sim! Super Paquetá. Acho que o flávio também tomou o bagulho. Cadê a minha coleira? E esse macacão? Porque que eu não lembro de nada nas últimas duas semanas? E essa dor aguda quando eu sento? Cadê as melancias? Cadê o Zé? Cadê?
Então isso aqui num é Paquetá? Será que o Flávio tem razão? Bem que eu estranhei a cor do mar. E o cara trepando com as melancias. Ops, o cara das melancias é Paquetá sim! Super Paquetá. Acho que o flávio também tomou o bagulho. Cadê a minha coleira? E esse macacão? Porque que eu não lembro de nada nas últimas duas semanas? E essa dor aguda quando eu sento? Cadê as melancias? Cadê o Zé? Cadê?
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