17.3.04

Pô, ninguém aqui vai defender a Bunda, não?

Tá certo. Então vou eu.

Não é justo dizer que a Bunda não tem argumento. Uma Bunda já é em si mesma tese, antítese e síntese.

As pessoas não atentam pra a franqueza de uma Bunda.
Uma Bunda é honesta, explícita. Ela permanece lá com sua atávica obviedade arredondante. A Bunda é uma coisa definitiva.

Vou dar um exemplo: se o George W Bushit abaixasse as calças e exibisse ao mundo seus glúteos anêmicos seria um recado muito mais claro do que ficar enrolando todo mundo dizendo que está preocupadíssimo com as ditaduras, armas químicas, e bla bla bla blu blu blu.

Se um locutor anunciasse: "Agora a mensagem do Presidente dos EUA ao Mundo" e o Bush mostrasse sua Bunda magrela em rede mundial tenho certeza que todos os cidadãos do Globo compreenderiam a honestidade do gesto e a clareza cristalina da mensagem.

Seria mais rápido, objetivo e deixaria, inclusive, mais tempo para os comerciais onde, aí sim, as Belas Bundas Bronzeadas poderiam voltar a sua tradicional função argumentativa na sociedade que é vender carros, álcoois e e baconzitos-churrasco para os sedentos coach-potatoes de todo o mundo. E todo mundo adora. É ou não é?

Uma boa palmada na Bunda de vocês!