26.7.13
Como são chatos os Ateus - II
O estimado leitor já sabe como são irritantes, pernósticos e inapropriados os ateus. Não há o que fazer, são chatos, simplesmente chatos. Em qualquer brecha que veem, os militantes ateus procuram uma forma fazer propaganda de seu niilismo abjeto. Logo de manhãzinha, batendo na porta de famílias cristãs, com um grosso livro nas mãos, entoando seu envelhecido bordão: "Vocês conhecem a palavra de Darwin?"
Como vermes em uma fruta podre, os ateus espalham-se por todo lugar, carcomendo as bases morais de nossa sociedade. Há tempos vemos fundações ateias alugando horários na programação da madrugada das TVs, comprando redes de rádio que são usadas para propagar sua nefasta liturgia agnóstica.
Percebemos, com assombro, que a malta ateia começou a invadir até o que há de mais religioso no coração do brasileiro, o futebol de domingo.
Passou a ser comum assistirmos nas transmissões de futebol certos jogadores que, ao marcarem um gol, apontam para o céu e imediatamente fazem o sinal de "não" com com os indicadores, demonstrando claramente que aquele gol não foi proporcionado por intervenção direta ou indireta do Altíssimo. Pulhas de marca maior.
Isso quando esses pernas-de-pau ateus não apontam para o próprio peito, indicando que teriam sido eles mesmos os responsáveis pelo tento, e não Nosso Senhor, em flagrante desrespeito à liberdade religiosa no Brasil.
Não bastando essas fanfarronices, vemos hoje essa última moda de comemorar o gol, levantar o uniforme e por baixo revelar uma camiseta com frases como “Religião: máfia da superstição”, “Deus, o Grande Placebão” e “Hitchens é Fiel”. E a FIFA, não toma uma atitude?
E não para aí a desfaçatez ateia. Em entrevistas, esses filhos de uma bisca velha não perdem a oportunidade de derramar o seu insidioso proselitismo diante das câmeras e microfones, como mostram as transcrições abaixo:
— Conta pra gente como foi a defesa daquele pênalti, Rélbson?
— Olha, só devo agradecer à seleção natural, que me fez alto, e à minha mãe que está nos escutando, que tem uns braços compridos para caramba! Tá no gene, né?! Beijão, mamãe!
— Então tá aí! Rélbson agradecendo aos longos braços da progenitora, é mole?!? É com você, Luvanor.
*
— E aí, Uaxintonsuel, como foi marcar o gol da virada já nos acréscimos?
— Ah, foi devido à inexistência de Deus, né? Se Deus existisse, Ele poderia querer manipular o resultado da partida para um ou outro lado. Então, o que valeu mesmo foi o melhor preparo físico da nossa equipe, que nos permitiu ter fôlego e pressionar até o final da partida.
— Mas você novamente saiu do banco de reservas e marcou o gol da classificação. Não se considera um predestinado, Uaxintonsuel?
— Não, não. Foi o acaso mesmo. Há tantas leis da física envolvidas naquele bate-e-rebate da bola no escanteio que é impossível prever. Probabilisticamente havia boas chances de a bola chegar onde eu estava. Eu só tive a sorte de estar lá onde a bola espirrou pra concluir. E finalizei direito, claro, que é minha função. Foi pura conjunção do acaso e da técnica, só isso. Não tem muita transcendência não. Agora é só comemorar!
*
— Muito importante essa vitória, Wandernílson?
— Sim. Conseguimos conquistar os três pontos graças à total falta de sentido no Universo.
— Como assim, “falta de sentido”, Wandernílson?
— Se o Universo fizesse algum sentido não estaríamos aqui jogando futebol — dá uma cuspida para o lado — e muito menos vocês nos assistindo e comentando uma partida de um esporte inútil como esse, não é verdade?
E Wandernílson vai para o vestiário, depois de trocar camisas com o adversário, revelando nas costas suadas uma grande tatuagem de uma águia carregando um brasão com os dizeres “Dawkins is God”.
Pois vejam, senhores, esses sim são os verdadeiros anencéfalos do ludopédio!
Crianças assistindo tais declarações podem até vir a imaginar — que o altíssimo não permita! — que o time que vence uma partida não é formado pelos jogadores mais devotos a Deus. As inocentes almas poderiam começar duvidar se Deus está realmente atento ao resultado de cada uma das partidas de futebol disputadas a todo instante por todo o planeta, em especial aquelas que são decididas nas cobranças de penalidades.
Podemos aturar uma coisa dessas? Não, não podemos. Urge uma enérgica atitude das autoridades. A Fifa, o Papa Francisco, o Capitão Nascimento, alguém precisa fazer alguma coisa contra esse proselitismo niilista dos jogadores que aflige nossa nação.
Tirem já suas patas ateias do nosso sagrado futebol dominical!
Atenciosamente,
Olegário Pascoal - Segundo secretário adjunto do Diretório Atlético da Ordem Cristã Unida
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