26.7.13
Como são chatos os Ateus - II
O estimado leitor já sabe como são irritantes, pernósticos e inapropriados os ateus. Não há o que fazer, são chatos, simplesmente chatos. Em qualquer brecha que veem, os militantes ateus procuram uma forma fazer propaganda de seu niilismo abjeto. Logo de manhãzinha, batendo na porta de famílias cristãs, com um grosso livro nas mãos, entoando seu envelhecido bordão: "Vocês conhecem a palavra de Darwin?"
Como vermes em uma fruta podre, os ateus espalham-se por todo lugar, carcomendo as bases morais de nossa sociedade. Há tempos vemos fundações ateias alugando horários na programação da madrugada das TVs, comprando redes de rádio que são usadas para propagar sua nefasta liturgia agnóstica.
Percebemos, com assombro, que a malta ateia começou a invadir até o que há de mais religioso no coração do brasileiro, o futebol de domingo.
Passou a ser comum assistirmos nas transmissões de futebol certos jogadores que, ao marcarem um gol, apontam para o céu e imediatamente fazem o sinal de "não" com com os indicadores, demonstrando claramente que aquele gol não foi proporcionado por intervenção direta ou indireta do Altíssimo. Pulhas de marca maior.
Isso quando esses pernas-de-pau ateus não apontam para o próprio peito, indicando que teriam sido eles mesmos os responsáveis pelo tento, e não Nosso Senhor, em flagrante desrespeito à liberdade religiosa no Brasil.
Não bastando essas fanfarronices, vemos hoje essa última moda de comemorar o gol, levantar o uniforme e por baixo revelar uma camiseta com frases como “Religião: máfia da superstição”, “Deus, o Grande Placebão” e “Hitchens é Fiel”. E a FIFA, não toma uma atitude?
E não para aí a desfaçatez ateia. Em entrevistas, esses filhos de uma bisca velha não perdem a oportunidade de derramar o seu insidioso proselitismo diante das câmeras e microfones, como mostram as transcrições abaixo:
— Conta pra gente como foi a defesa daquele pênalti, Rélbson?
— Olha, só devo agradecer à seleção natural, que me fez alto, e à minha mãe que está nos escutando, que tem uns braços compridos para caramba! Tá no gene, né?! Beijão, mamãe!
— Então tá aí! Rélbson agradecendo aos longos braços da progenitora, é mole?!? É com você, Luvanor.
*
— E aí, Uaxintonsuel, como foi marcar o gol da virada já nos acréscimos?
— Ah, foi devido à inexistência de Deus, né? Se Deus existisse, Ele poderia querer manipular o resultado da partida para um ou outro lado. Então, o que valeu mesmo foi o melhor preparo físico da nossa equipe, que nos permitiu ter fôlego e pressionar até o final da partida.
— Mas você novamente saiu do banco de reservas e marcou o gol da classificação. Não se considera um predestinado, Uaxintonsuel?
— Não, não. Foi o acaso mesmo. Há tantas leis da física envolvidas naquele bate-e-rebate da bola no escanteio que é impossível prever. Probabilisticamente havia boas chances de a bola chegar onde eu estava. Eu só tive a sorte de estar lá onde a bola espirrou pra concluir. E finalizei direito, claro, que é minha função. Foi pura conjunção do acaso e da técnica, só isso. Não tem muita transcendência não. Agora é só comemorar!
*
— Muito importante essa vitória, Wandernílson?
— Sim. Conseguimos conquistar os três pontos graças à total falta de sentido no Universo.
— Como assim, “falta de sentido”, Wandernílson?
— Se o Universo fizesse algum sentido não estaríamos aqui jogando futebol — dá uma cuspida para o lado — e muito menos vocês nos assistindo e comentando uma partida de um esporte inútil como esse, não é verdade?
E Wandernílson vai para o vestiário, depois de trocar camisas com o adversário, revelando nas costas suadas uma grande tatuagem de uma águia carregando um brasão com os dizeres “Dawkins is God”.
Pois vejam, senhores, esses sim são os verdadeiros anencéfalos do ludopédio!
Crianças assistindo tais declarações podem até vir a imaginar — que o altíssimo não permita! — que o time que vence uma partida não é formado pelos jogadores mais devotos a Deus. As inocentes almas poderiam começar duvidar se Deus está realmente atento ao resultado de cada uma das partidas de futebol disputadas a todo instante por todo o planeta, em especial aquelas que são decididas nas cobranças de penalidades.
Podemos aturar uma coisa dessas? Não, não podemos. Urge uma enérgica atitude das autoridades. A Fifa, o Papa Francisco, o Capitão Nascimento, alguém precisa fazer alguma coisa contra esse proselitismo niilista dos jogadores que aflige nossa nação.
Tirem já suas patas ateias do nosso sagrado futebol dominical!
Atenciosamente,
Olegário Pascoal - Segundo secretário adjunto do Diretório Atlético da Ordem Cristã Unida
15.1.10
Sete bestiais volúpias dominicais
Naufragando nos leitos de domingo
sonhando com os filhos do capataz
esfregando na árvore dos castigos
fagocitando os caboclos ancestrais
Às tormentas aos gritos às lamúrias
devotadas às chuvas torrenciais
as irmãs se desfazem em borbulhas
renovando as sedes dos manguezais
Estupradas por gorilas abstratos
beatificadas por babuínos celestiais
afogando os lascivos carrapatos
repartindo os ventres com os animais
Implorando as vergonhas dos mendingos
se enredando em volúpias amorais
bestializadas por lagostas e flamingos
e defloradas como todas as demais
3.12.09
Ética em três tempos
(ao estilo… do Almirante )
I
— Bom dia.
— Bom dia, meu senhor, em que posso ajudá-lo?
— Eu preciso de uma ética.
— Ética… ética… ética… Acho que já tivemos ética por aqui. Deixa eu ver. Talvez lá no fundo tenhamos alguma ética.
— Tenho procurado em todo lugar. Está muito difícil de achar alguma ética.
— Pois é. É que tem tido muito pouca procura, sabe? No Brasil a ética está em falta há muito tempo. Não tem demanda.
— Até tenho visto alguma estética. Mas ética, mesmo, não se encontra em lugar nenhum.
— Olhe, senhor, temos esta ética aqui. Não é nova, pertenceu a um tal de Nicômaco, mas está funcionando perfeitamente.
— Hmm. Ok. Está um pouco gasta. Mas como não encontro em outro lugar, vou levar essa mesmo. Pode embrulhar.
— Pois não. Vai pagar a ética no cheque ou no cartão?
— Dinheiro.
— Ah, perfeitamente. O senhor vai querer com nota ou sem nota?
II
— Boa tarde.
— Boa tarde, meu senhor, em que posso ajudá-lo?
— Essa ética que o senhor me vendeu: não tá funcionando!
— Estava ótima antes de sair da loja. O senhor deve ter rompido a ética.
— Eu não rompi nada. Onde já se viu? Ela já veio assim.
— Então o senhor abusou da ética.
— Eu não abusei da ética coisa nenhuma, meu senhor!
— Ah, mas as pessoas abusam. Tem gente que vai esticando assim, tá vendo?, tentando ampliar o limite da ética e ela não aguenta. Acaba arrebentando.
— Opa! Peraí. Agora que estou vendo.
— O quê?
— Isso aqui não é ética, meu caro. É um moralismo. E pior! Moralismo falsificado, paraguaio.
— Foi o que o senhor pediu!
— De jeito nenhum! Eu peço ética e o senhor me vem com um falso moralismo! Assim não é possível! Eu exijo uma nova ética.
— Sinto muito, não tem mais.
— Acabou a ética?
— Acabou.
— Preceitos morais?
— Nenhum.
— Princípios o senhor há de ter.
— Também não temos princípios, senhor.
— E o que o senhor tem, então?
— Temos etiqueta.
— Etiqueta?
— Temos etiqueta, boas maneiras e decoro.
— Decoro?
— Sim. Temos um pouquinho de decoro, se o senhor quiser.
— Ah, sei lá! Então me dá um decoro. Já que não há mais ética, que pelo menos haja um mínimo de decoro.
— Hmm. Acho que também não vai dar.
— Como assim, não vai dar?
— Parece que quebraram o decoro.
III
— Pssssiu!
— Sim. O que é?
— Eu ouvi a conversa do senhor com o vendedor.
— E daí?
— Então, eu posso arranjar uma ética para o senhor. Coisa fina. De primeira linha.
— Mas é boa mesmo, essa ética?
— É ótima. É de um senador. Nunca foi usada. Tá zero quilômetro.
— Opa!
— Pois é. O senador só usava a ética nos fins de semana pra ir na missa e voltar. Mas hoje nem isso, fica lá guardada na garagem. Se quiser, eu posso dar uma palavrinha com o senador. De repente ele libera essa ética, tá entendendo?
— Ah, será que você conseguiria? Estou precisando tanto dessa ética.
— Mas então... Pra falar com esse senador… vai ter que ter um adiantamentozinho pro meu lado, que essa ética é coisa especial.
— Sem problema. Aqui, pronto. Tome mais algum. Compre um panetone pros seus filhos.
— Ah! O senhor não vai se arrepender. É uma ética espetacular. O senhor vai adorar. Ela fala muito bem, é bem articulada. Fez até faculdade de comunicação social.
— Ah, é uma ética jornalística?
— Isso!
— Aqui no Brasil?
— Exatamente.
— Então deixa pra lá.
I
— Bom dia.
— Bom dia, meu senhor, em que posso ajudá-lo?
— Eu preciso de uma ética.
— Ética… ética… ética… Acho que já tivemos ética por aqui. Deixa eu ver. Talvez lá no fundo tenhamos alguma ética.
— Tenho procurado em todo lugar. Está muito difícil de achar alguma ética.
— Pois é. É que tem tido muito pouca procura, sabe? No Brasil a ética está em falta há muito tempo. Não tem demanda.
— Até tenho visto alguma estética. Mas ética, mesmo, não se encontra em lugar nenhum.
— Olhe, senhor, temos esta ética aqui. Não é nova, pertenceu a um tal de Nicômaco, mas está funcionando perfeitamente.
— Hmm. Ok. Está um pouco gasta. Mas como não encontro em outro lugar, vou levar essa mesmo. Pode embrulhar.
— Pois não. Vai pagar a ética no cheque ou no cartão?
— Dinheiro.
— Ah, perfeitamente. O senhor vai querer com nota ou sem nota?
II
— Boa tarde.
— Boa tarde, meu senhor, em que posso ajudá-lo?
— Essa ética que o senhor me vendeu: não tá funcionando!
— Estava ótima antes de sair da loja. O senhor deve ter rompido a ética.
— Eu não rompi nada. Onde já se viu? Ela já veio assim.
— Então o senhor abusou da ética.
— Eu não abusei da ética coisa nenhuma, meu senhor!
— Ah, mas as pessoas abusam. Tem gente que vai esticando assim, tá vendo?, tentando ampliar o limite da ética e ela não aguenta. Acaba arrebentando.
— Opa! Peraí. Agora que estou vendo.
— O quê?
— Isso aqui não é ética, meu caro. É um moralismo. E pior! Moralismo falsificado, paraguaio.
— Foi o que o senhor pediu!
— De jeito nenhum! Eu peço ética e o senhor me vem com um falso moralismo! Assim não é possível! Eu exijo uma nova ética.
— Sinto muito, não tem mais.
— Acabou a ética?
— Acabou.
— Preceitos morais?
— Nenhum.
— Princípios o senhor há de ter.
— Também não temos princípios, senhor.
— E o que o senhor tem, então?
— Temos etiqueta.
— Etiqueta?
— Temos etiqueta, boas maneiras e decoro.
— Decoro?
— Sim. Temos um pouquinho de decoro, se o senhor quiser.
— Ah, sei lá! Então me dá um decoro. Já que não há mais ética, que pelo menos haja um mínimo de decoro.
— Hmm. Acho que também não vai dar.
— Como assim, não vai dar?
— Parece que quebraram o decoro.
III
— Pssssiu!
— Sim. O que é?
— Eu ouvi a conversa do senhor com o vendedor.
— E daí?
— Então, eu posso arranjar uma ética para o senhor. Coisa fina. De primeira linha.
— Mas é boa mesmo, essa ética?
— É ótima. É de um senador. Nunca foi usada. Tá zero quilômetro.
— Opa!
— Pois é. O senador só usava a ética nos fins de semana pra ir na missa e voltar. Mas hoje nem isso, fica lá guardada na garagem. Se quiser, eu posso dar uma palavrinha com o senador. De repente ele libera essa ética, tá entendendo?
— Ah, será que você conseguiria? Estou precisando tanto dessa ética.
— Mas então... Pra falar com esse senador… vai ter que ter um adiantamentozinho pro meu lado, que essa ética é coisa especial.
— Sem problema. Aqui, pronto. Tome mais algum. Compre um panetone pros seus filhos.
— Ah! O senhor não vai se arrepender. É uma ética espetacular. O senhor vai adorar. Ela fala muito bem, é bem articulada. Fez até faculdade de comunicação social.
— Ah, é uma ética jornalística?
— Isso!
— Aqui no Brasil?
— Exatamente.
— Então deixa pra lá.
3.11.09
27.10.09
Um caso documentado de possessão eletrodemoníaca
Chegamos ao final da primeira década do século XXI acostumados com os mais diversos problemas técnicos nos eletrodomésticos e produtos eletroeletrônicos. Estamos cercados de produtos xing-ling vagabundos, que compramos baratinho e que estragam 5 minutos depois de retirados da embalagem. Convivemos pacificamente com a obsolecência planejada que faz com que qualquer equipamento dure atualmente muito menos do que durava seu equivalente décadas atrás. Costumamos nos resignar diante de aparelhos que quebram ou deixam de funcionar seguindo o princípio mais básico e universal da Entropia que rege o Cosmos, pois qualquer geringonça eletrônica é como uma lâmpada: de tanto ligar e desligar um dia alguma parte do circuito gasta, queima. Isso é normal, previsível, esperado. Pois bem, não é de nada disso que falarei agora.
Meu problema é de outra esfera: eu sou proprietário de eletroeletrônicos possuídos pelo diabo. Talvez não pelo capeta himself, mas possivelmente por entidades subalternas, traiçoeiras e malignas. Meu aparelho de DVD, por exemplo, está possuído. Não há dúvidas. Você, no entanto, pessoa racional, de pouca fé, há de perguntar: como sei que o tocador de DVD está realmente possesso e não é apenas o tal já comentado mal funcionamento dos aparelhos eletrônicos? Simples, caro leitor, querida leitora. Problemas eletrônicos tendem a ser reprodutíveis, apresentam padrões. Meu aparelho de DVD, não. Os problemas são aparentemente aleatórios. Mais que aleatórios, são propositalmente perversos. Ele recusa-se a passar justamente as cenas mais fundamentais dos filmes, mesmo em DVDs novíssimos, recém-desembalados da caixa. Filme ruim, toca direitinho. Filme bom, não há maneira. E não é só. Abre e fecha a gaveta sem ninguém comandar, dá eletrochoques ao apertarmos o botão de eject, desliga e liga por conta própria em horários completamente despropositados.
Claro que levamos o aparelho à assistência técnica, que não constatou nada de anormal, funcionamento perfeito, tudo em ordem: 230 reais. Ao chegar em casa, revoltado talvez com a nossa impertinência, o aparelho de DVD encapetou-se de vez. Agora só abre a gaveta 5 minutos depois de desistirmos de apertar todos os botões. Até chegou a cuspir um DVD do Buñuel, arremessando-o na parede oposta, derrubando porta-retratos de mamãe. Mais recentemente deu para fazer um barulho tipo rrrrrrrrkkkkkkkk ao abrir a gaveta. Mas não um rrrrrrkkkkkk qualquer. Um rrrrrkkkkk meio tétrico, que parece vindo de longínquas dimensões lovecraftianas.
Mas tudo isso, apesar de absurdamente estranho, não vinha nos incomodando tanto, a princípio, ficando, assim, no campo do folclórico: "Olha só, hahaha, temos um DVD player encapetado! eheheh". Passamos a assistir a quase todos os filmes diretamente no computador, a despeito dos grunhidos ameaçadores e resmungos abafados vindo do canto da sala onde os leds vermelhos do DVD player brilham como dois olhos demoníacos na escuridão.
Meu problema é de outra esfera: eu sou proprietário de eletroeletrônicos possuídos pelo diabo. Talvez não pelo capeta himself, mas possivelmente por entidades subalternas, traiçoeiras e malignas. Meu aparelho de DVD, por exemplo, está possuído. Não há dúvidas. Você, no entanto, pessoa racional, de pouca fé, há de perguntar: como sei que o tocador de DVD está realmente possesso e não é apenas o tal já comentado mal funcionamento dos aparelhos eletrônicos? Simples, caro leitor, querida leitora. Problemas eletrônicos tendem a ser reprodutíveis, apresentam padrões. Meu aparelho de DVD, não. Os problemas são aparentemente aleatórios. Mais que aleatórios, são propositalmente perversos. Ele recusa-se a passar justamente as cenas mais fundamentais dos filmes, mesmo em DVDs novíssimos, recém-desembalados da caixa. Filme ruim, toca direitinho. Filme bom, não há maneira. E não é só. Abre e fecha a gaveta sem ninguém comandar, dá eletrochoques ao apertarmos o botão de eject, desliga e liga por conta própria em horários completamente despropositados.
Claro que levamos o aparelho à assistência técnica, que não constatou nada de anormal, funcionamento perfeito, tudo em ordem: 230 reais. Ao chegar em casa, revoltado talvez com a nossa impertinência, o aparelho de DVD encapetou-se de vez. Agora só abre a gaveta 5 minutos depois de desistirmos de apertar todos os botões. Até chegou a cuspir um DVD do Buñuel, arremessando-o na parede oposta, derrubando porta-retratos de mamãe. Mais recentemente deu para fazer um barulho tipo rrrrrrrrkkkkkkkk ao abrir a gaveta. Mas não um rrrrrrkkkkkk qualquer. Um rrrrrkkkkk meio tétrico, que parece vindo de longínquas dimensões lovecraftianas.
Mas tudo isso, apesar de absurdamente estranho, não vinha nos incomodando tanto, a princípio, ficando, assim, no campo do folclórico: "Olha só, hahaha, temos um DVD player encapetado! eheheh". Passamos a assistir a quase todos os filmes diretamente no computador, a despeito dos grunhidos ameaçadores e resmungos abafados vindo do canto da sala onde os leds vermelhos do DVD player brilham como dois olhos demoníacos na escuridão.
13.10.09
Che no cinema
Guerrilheiros da Fuzarca - Irmãos Marx
(An evening at the jungle, EUA, 1954)
(An evening at the jungle, EUA, 1954)
Filme menor dos Irmãos Marx. Tem uma única cena divertida: quando Che ataca e mata os soldados bolivianos com seu desodorante avanço da retaguarda vencido. "São as táticas de marketing de guerrilha, nenem." — diz Groucho/Che dando uma longa baforada em seu cachimbo de ópio do povo. Pena que todos morram no final, torturados em Guantánamo.
El Mago de Habana, o Musical - Bob Fosse
(Porto Rico/França, 1962)
(Porto Rico/França, 1962)
Três guerrilheiros, Fidel, Che e Curly, caminham sobre o sendero luminoso de pedras amarelas a fim de pedir ao Grande Leviatã um cérebro de ouro, um coração de incenso e a relíquia número 3, o pinto falso do antidopping de Maradona, feito de mirra.
Uma cena memorável é o duelo de trompetes onde Che, apesar da asma, vence Fulgêncio Batista com o apoio estratégico da banda militar As Maracas de Marrocos.
O filme chega ao ápice quando uma multidão coreografada de rumbeiros trotskistas das FARC invade as praias de Tegucigalpa cantando seu refrão imortal: "Jo no puedo bailar, porque soy de Cochabamba." Todos morrem no final.
Ai, Che, que vara! - Davi Cardoso
(Brasil - 1974)
Pornochanchada com Ali Kamel, o consagrado rei da sacanagem, interpretando Guevara e Paulo César Pereyo no papel de Fidel Castro. Os dois são vendedores de camisetas e chinelos tarancón na praia de Copacabana e se passam por médicos argentinos para levar ninfetas politicamente alienadas (Nicole Puzzi, Henriqueta Brieba e Sasha) para seu abatedouro no Jardim Botânico, onde são seduzidas, descamisadas, drogadas e enviadas para surubas paramilitares com Evo Morales (Mercedes Sosa) no Araguaya. O esquema todo é desmantelado quando Henry Kissinger (Hugo Carvana) invade o aparelho matando todos no final.Mártir - Costa Gavras
(Lonely red star - Nicarágua/Albânia, 1979)
Raul Julia interpreta Che Guevara.Todos morrem no final.
10.10.09
6.10.09
#tuiteumfilme
Rolou um baratinho aí.
Descrições de filmes resumidos a 140 caracteres ou menos.
Pô, bacana mesmo. Saiu até na Gazeta de Pirassununga.
Acho que acertei todos.
@marioamaya Tem culpa eu, se sou feio, peludo e 30 vezes mais alto que a mulher que eu amo?!
SE EU FOSSE VOCÊ 2
@Cyber_Linus Vampiro galã conta 200 anos de lamentações pro reporter.
FROST X NIXON
@marioamaya Não saia de casa sem o seu chicote. E o chapéu.
9 1/2 SEMANAS DE AMOR
@aline_c_ Ator/diretor em produção, com muita água, que acabou naufragando.
Al Gore - UMA VERDADE INCONVENIENTE
@BruceCorp Um monte de gente roubando um cassino.
WALL STREET
@marioamaya Todo mundo desfilando de drag no meio do deserto. Tudo o que se precisa para ser feliz é gasolina.
THREE KINGS
@marioamaya É o seguinte, produção: o elenco vai ser inteiro de brinquedos, porque ainda não temos recursos para colocar gente.
EYES WIDE SHUT
@biasouza Eu era drogado na Escócia, daí saí fora dessa
Mel Gibson - CORAÇÃO VALENTE
@marioamaya Presidente desgraçado, saiu da mira bem no instante do disparo! E opa! A casa caiu!
FARENHEIT 9/11
@dbailao Acho que meu vizinho é um vampiro
GRAN TORINO
@marioamaya A verdade está la fora. Tipo, no meio da imensidão gelada.
HAPPY FEET
@MaGioZal O fantasma é para se divertir, o marido é para compromisso sério.
BEETLEJUICE
@marioamaya Você vai ficar muito puto se eu contar agora mesmo quem é Keyser Soze.
BELEZA AMERICANA
@biasouza Um monstrão resolve acabar com Nova Iorque
BASQUIAT
@luiza_mcf pais de um menino são comidos por leões e ele é criado por gorilas
GLADIADOR
@marioamaya O assassino está se inspirando nos sete pecados capitais. Onde é que ele foi parar com a CABEÇA?
CÓDGO DA VINCI
@pedroxadai Sou Hippie e só quero a porra de um tapete novo!!!
ALLADIN
@marioamaya Por favor, não reparem no homem atrás da cortina! #tuiteumfilme
HAMLET
@dbailao Contei, mas contei histórias para um monte de gente num ponto de ônibus
A DAMA DO LOTAÇÃO
@marioamaya Valha-me Deus... A cabeça da menina vira 360 graus!!!
STRIPTEASE
@EmersonFCP Camundongo metido a chef faz restaurante ganhar 3 estrelas no guia Michelin.
A FESTA DE BABETTE
@AlexsanderDan Uma menina que mora no poço, e vem direto à sua TV!
Sasha - XUXA E OS DUENDES
@ Tragédia. Grande navio afunda. Só ricos escapam. Orquestra continua tocando
ERA UMA VEZ NA AMÉRICA
@CabralDik Alienígenas Rastafari enfrentam alienígenas de sangue ácido no alasca, no meio, humanos que morrem a cada 12 minutos, menos um
WOODSTOCK
@marioamaya Ator decadente e jovem esposa abandonada descobrem que não falar o idioma do local ajuda a aproximar pessoas. #tuiteumfilme
O DIA EM QUE A TERRA PAROU
@lribalta Achou que ia se dar bem com a gata no chalé a acabou tretando com o Satanás que morava no livro
O NOME DA ROSA
@AlephDavis Rosebud era a porra do trenó dele!
JAMAICA ABAIXO DE ZERO
@fabiohq Índia brasileira decide ir aos EUA dançar lambada em boites, afim de resolver o problema do desmatamento
JEAN CHARLES
@sika Pequenos seres atravessam estranhas paisagens apenas para derreter um anel
BROKEBACK MOUNTAIN
5.10.09
beleza, 2016.
beleza, 2016. o nacionalismo bocó vai fazer 2 medalhas de ouro. uma no tênis de mesa, outra no taekendô. e o galvão bueno no desfile de encerramento dirá que podemos dar ao mundo o exemplo da organização, da simpatia acolhedora de um povo que entendeu o espírito olímpico e, vestindo a camiseta do banco do brasil, torceu, entendeu o espírito olímpico e vibrou, cantou, suou junto com os atletas. foram só duas medalhas de ouro. mas não tem importância. o que fica é o... taí o renato aragão, a maria ester bueno, o montanaro. é de emocionar. parabéns brasil! olha o torben, o grael... não galvão, o torben grael é uma pessoa só. sim, claro. logo atrás o jardel gregório, o waldemar quirino, o emerson, a hotência, essa gigante... diga alguma coisa, oscar. não tenho palavras, galvão, o Brasil é sonho. taí o oscar em lágrimas. e ele sabe. ele que viveu isso tudo. olha os fogos, os fogos!!! isso vem do morro, galvão, acabou o evento.
---
Upidate
rio 2016. pm do rio cobra pedágio nos 400 com barreiras.
rio 2016. Belo é dúvida no tiro.
rio 2016. narcisa tamborideguy agora usain bolt. segundo ela é mais speed.
rio 2016. erro no lançamento do martelo atinge apartamento do moraes moreira.
barra da tijuca 2016. varre varre vassourinha, antigo badminghton, é apreciado pela família sarney em jantar no glória.
barra da tijuca 2016. marcelo crivella o tempo exato na prova dos tijolos.
barra da tijuca 2016. frequentadores do posto 9 usam andar da marcha atlética para comprar sorvete.
barra da tijuca 2016. cavalo de rodrigo pessoa vira mula no pavão pavãozinho.
barra da tijuca 2016. de sunga verde gabeira leva bronze nos 100 mariposa costas.
barra da tijuca 2016. dardo de dolabella tem que permanecer 15 m de distância da linha de luana.
barra da tijuca 2016. tocha olímpica rola na carioca e irrita Tyson Gay.
barra da tijuca 2016. adriana bombom mata a larica de phelps antes dos 200.
barra da tijuca 2016. ednei silva dá lance de peitinho e é aplaudida por camile paglia.
barra da tijuca 2016. chinesas acham mosquito da deng em alojamento.
barra da tijuca 2016. carga horária nas escolas do rio mudaram: 800 g no primário. 16 kilos no secundário.
barra da tijuca 2016. o jornalista dark do correio brasiliense " como é que o brasil ganha no salto em distância se mentira tem perna curta?"
Zé Luiz
1.10.09
Quem
Quem está nos chamando
Quem está dentro de nós
Quem está se preparando
Quem virá logo depois
Quem acende uma vela
Quem maldiz a escuridão
Quem dormiu na casa dela
Quem desmaiou de solidão
Quem está atrás da cortina
Quem tem a faca na mão
Quem se arrasta na piscina
Quem está de prontidão
Quem fugiu pela janela
Quem caiu na devassidão
Quem encontrou o corpo dela
Quem desceu lá pro porão
Quem silencia os cachorros
Quem entreabre o portão
Quem é a voz de socorro
Quem é o guarda de teu irmão
Quem está nos chamando
Quem está dentro de nós
Quem está se preparando
Quem virá logo depois
27.9.09
26.9.09
19.9.09
Necessário & Suficiente
“…para que sejam favorecidos os mais favorecidos e desfavorecidos os mais desfavorecidos, é necessário e suficiente que a escola ignore, no âmbito dos conteúdos do ensino que transmite, os métodos e técnicas de transmissão e dos critérios de avaliação, as desigualdades culturais entre as crianças das diferentes classes sociais. Em outras palavras, tratando todos os educandos, por mais desiguais que sejam eles de fato, como iguais em direitos e deveres, o sistema escolar é levado a dar sua sanção às desigualdades iniciais diante da cultura".
PIERRE BOURDIEU, 1998
10.9.09
4.9.09
O anel, o santo e o noivo cagão
Na manhã benfazeja
chega o dia da igreja
pois todo casal almeja
unir-se em frente ao altar
Mas na gelada capela
João bem amarela
tremendo as canela
bem diante do altar
João pensa e se arrasa
na noiva que se atrasa
ela ainda em casa
"está a se maquiar"
e nessa demora
mais que passando da hora
João se apavora
esfregando o anular
Finalmente a donzela
de branco chega à capela
buquê de flor amarela
e está diante do altar
com os miolos numa luta
e os sentidos a divagar
João nem escuta
o padre tagarelar
e na hora mais certa
João - upa! - se desperta
é o anel que lhe aperta
bem diante do altar
como uma vara tremendo
ou tremendo dum azar
a aliança vai escafedendo
do seu dedo anular
correndo pela igreja
João começa a peleja
atrás do anel que volteja
rodopiando o altar
O padre neste momento
pôs-se a amaldiçoar
quando João, esse jumento,
espatifou-se no altar
O Santo Antônio caído
solta um rouco gemido
linguajar proibido
na beira do altar
"Moleque abestado,
estás embriagado
ou é um sequelado
aqui na frente do altar?"
Ergueu, apavorado, João
Santo Antônio do chão
nunca tinha ouvido não
uma estátua a praguejar
"Desculpe, meu santo,
acho que foi um quebranto
há três dias nem janto
nem sei me encontrar"
Santo Antônio irritado
chama o cabra de lado
"Escuta aqui, ó lesado,
vamos ter um particular:
Hoje é dia importante
veio até parente distante
não é hora de rompante
você, afinal, quer casar?"
"Ai, creia meu santo,
eu não posso falar
mentira ou calúnia
nem tampouco blasfemar
estou aqui sem maldade
tu és a autoridade
direi toda a verdade
aqui, diante do altar
me desculpe, ó meu santo,
eu juro de pé junto
que só mesmo defunto
queria de me casar"
Então retruca o santo:
"Mesmo tu sendo tão moço
isso não é nada difícil,
dá até pra se arranjar
Sou santo bem-fazejo
mas posso atender seu desejo
e bem pra logo eu prevejo
uma sina de azar
não tome como quebranto,
mas vai que tu cai num poço
numa saída de uma missa
numa noite sem luar"
E já amarrando o pranto
João pensa em seu pescoço
enfim cede ao sacrifício
diante do santo altar
2.9.09
22.2.09
Última do Zé
Lembram do Zé Luiz?
Não?
Não tem importância.
O que importa é que recebi uma missiva do repentista da aiauasca e gostaria de compartilhá-la com vocês.
É o que segue:
E o Lula quer ver a estréia do Ronaldo contra o Palmeiras. Só lembrando que o Serra é Palestra praca.
Só lembrando que o Ronaldo chamou o Lula de bebum. Só porque o Lula chamou o Ronaldo de gordo.
E se o Lula for esperto ele leva a Dilma. E se o Mano for Serra ele não põe o Ronaldo em campo.
Aí o Lula tira proveito do gol do Boquita. E a Dilma ri da plástica do gol. E o Serra culpa os flanelinhas.
Exige expulsão. Tira as placas de campo. Proíbe hino nacional. Vende o vestiário dos visitantes aos parceiros estrangeiros. Convoca o Ademir da Guia para inaugurar um novo museu do futebol.
Convida o Lula. O Lula vai. Leva a Dilma. Que abraça o Kassab. Conversam sobre Camile Paglia.
Chega o Clovis Rossi. Ele abraça a Dilma. Kassab vira para cumprimentar o Dimenstein. Dimenstein diz que a iniciativa do museu Palmeiras é ótima. Dimenstein cumprimenta Dilma. Diz a ela que ela lembra a sua professora mas as escolas públicas mudaram muito. Dilma concorda. Diz que tem piriPac quando pensa em educação. Chega a Dona Marisa Letícia.
Beija Lula na boca. Serra olha de viés. Pensa no Boquita. A derrota o incomada. Liga pro FHC. Ocupado. Liga pro novo diretor da Osesp.
Dispensa o cara. Liga pro Diretor do Masp. Dispensa o cara. Recebe uma ligação estranha. Liga pro Marzagão. Pede cautela nas blitzes no entorno do Capão.
Sabe que o Suplicy vai passar a noite lá, na biblioteca do Ferrez. Chama o Kassab de lado. Diz que virada cultural agora só até as duas da manhã.
Kassab liga pra mulher do Serra. Suspende ballet. Mulher do Serra liga pro marido. Como suspender ballet? Serra diz que tem planilhas que diz que ballet só é custo. Não tem resultados práticos na formação do povo. Mulher do Serra diz que vai ligar para o Maurício Kubrusly.
Chegam Leivinha e Dudu. Cumprimentam o Kassab. Kassab não sabem quem são. Bia Lessa se aproxima. Puxa Dudu pelo braço.
Mostra uma foto do Luís Pereira. Dudu chora. Leivinha chega. Vê Eurico no fundo da foto. Serra fala alto: “eu era pra torcer pro Juventus!”
Lula do outro lado: “eu pro São Caetano”. Dilma cutuca. “Não era São Bernardo, presidente? São Bernardo do Campo?” Silêncio.
FHC aparece. Se aproxima de Serra e diz que as prévias são necessárias. Mais perto do ouvido de Serra. “ o Aécio fez plástica”.
Serra vai ao banheiro. Liga pra Soninha. Diz a ela que não tolerará discurso de biker. Exige visitas nas regionais de mobilete.
Soninha liga pro pessoal da Mata Atlântica. Ninguém atende. Liga pro Sirkis. Não atende. Liga pra Renata Falzone.
“ Fala Sonita”
Pô, Rê. Preciso falar uma coisa urgente com vc.
Diga aí.
O Serra quer que eu ande de mobilete.
Caraca.
Pois é. Pelo que ouvi é por causa do Aécio.
O cara fez plástica.
Mas tão novo.
Esse negócio ed corrida presidencial...os caras levam a sério.
E, de certa forma, eu entendi. O Serra acha que bicicleta vai passar idéia de morosidade, coisa lenta e tal.
Ele quer todo mundo voando.
Já ligou pro Feldman?
Pô Rê, Feldman??
Puta tico-tico.
E o Sirkis?
Rê, sinceramente, eu faço uma puta confusão com o esse povo.
Quem é o Sirkis, mesmo? Eu confundo com o Minc.
Mas sabe quem é o Walter e quem é o Fábio?
Os Feldman? Claro. Fiz campanha pros caras em Ubatuba.
Gente estranha. Depois eu vi que eles se resumiam a alguns adesivos.
Eles tinham uma Kombi. Então, zuzu, vc pode ter uma mobilete.
Mas e a minha idéia de ciclovia?
Ah, Sô. Gostava tanto de vc na GNT.
Continua essa porra aí que o google ethilics não funciona no carnaval ...
O Casagrande e o Cesar Maluco saem do banheiro...
Zé Luiz.
Não?
Não tem importância.
O que importa é que recebi uma missiva do repentista da aiauasca e gostaria de compartilhá-la com vocês.
É o que segue:
E o Lula quer ver a estréia do Ronaldo contra o Palmeiras. Só lembrando que o Serra é Palestra praca.
Só lembrando que o Ronaldo chamou o Lula de bebum. Só porque o Lula chamou o Ronaldo de gordo.
E se o Lula for esperto ele leva a Dilma. E se o Mano for Serra ele não põe o Ronaldo em campo.
Aí o Lula tira proveito do gol do Boquita. E a Dilma ri da plástica do gol. E o Serra culpa os flanelinhas.
Exige expulsão. Tira as placas de campo. Proíbe hino nacional. Vende o vestiário dos visitantes aos parceiros estrangeiros. Convoca o Ademir da Guia para inaugurar um novo museu do futebol.
Convida o Lula. O Lula vai. Leva a Dilma. Que abraça o Kassab. Conversam sobre Camile Paglia.
Chega o Clovis Rossi. Ele abraça a Dilma. Kassab vira para cumprimentar o Dimenstein. Dimenstein diz que a iniciativa do museu Palmeiras é ótima. Dimenstein cumprimenta Dilma. Diz a ela que ela lembra a sua professora mas as escolas públicas mudaram muito. Dilma concorda. Diz que tem piriPac quando pensa em educação. Chega a Dona Marisa Letícia.
Beija Lula na boca. Serra olha de viés. Pensa no Boquita. A derrota o incomada. Liga pro FHC. Ocupado. Liga pro novo diretor da Osesp.
Dispensa o cara. Liga pro Diretor do Masp. Dispensa o cara. Recebe uma ligação estranha. Liga pro Marzagão. Pede cautela nas blitzes no entorno do Capão.
Sabe que o Suplicy vai passar a noite lá, na biblioteca do Ferrez. Chama o Kassab de lado. Diz que virada cultural agora só até as duas da manhã.
Kassab liga pra mulher do Serra. Suspende ballet. Mulher do Serra liga pro marido. Como suspender ballet? Serra diz que tem planilhas que diz que ballet só é custo. Não tem resultados práticos na formação do povo. Mulher do Serra diz que vai ligar para o Maurício Kubrusly.
Chegam Leivinha e Dudu. Cumprimentam o Kassab. Kassab não sabem quem são. Bia Lessa se aproxima. Puxa Dudu pelo braço.
Mostra uma foto do Luís Pereira. Dudu chora. Leivinha chega. Vê Eurico no fundo da foto. Serra fala alto: “eu era pra torcer pro Juventus!”
Lula do outro lado: “eu pro São Caetano”. Dilma cutuca. “Não era São Bernardo, presidente? São Bernardo do Campo?” Silêncio.
FHC aparece. Se aproxima de Serra e diz que as prévias são necessárias. Mais perto do ouvido de Serra. “ o Aécio fez plástica”.
Serra vai ao banheiro. Liga pra Soninha. Diz a ela que não tolerará discurso de biker. Exige visitas nas regionais de mobilete.
Soninha liga pro pessoal da Mata Atlântica. Ninguém atende. Liga pro Sirkis. Não atende. Liga pra Renata Falzone.
“ Fala Sonita”
Pô, Rê. Preciso falar uma coisa urgente com vc.
Diga aí.
O Serra quer que eu ande de mobilete.
Caraca.
Pois é. Pelo que ouvi é por causa do Aécio.
O cara fez plástica.
Mas tão novo.
Esse negócio ed corrida presidencial...os caras levam a sério.
E, de certa forma, eu entendi. O Serra acha que bicicleta vai passar idéia de morosidade, coisa lenta e tal.
Ele quer todo mundo voando.
Já ligou pro Feldman?
Pô Rê, Feldman??
Puta tico-tico.
E o Sirkis?
Rê, sinceramente, eu faço uma puta confusão com o esse povo.
Quem é o Sirkis, mesmo? Eu confundo com o Minc.
Mas sabe quem é o Walter e quem é o Fábio?
Os Feldman? Claro. Fiz campanha pros caras em Ubatuba.
Gente estranha. Depois eu vi que eles se resumiam a alguns adesivos.
Eles tinham uma Kombi. Então, zuzu, vc pode ter uma mobilete.
Mas e a minha idéia de ciclovia?
Ah, Sô. Gostava tanto de vc na GNT.
Continua essa porra aí que o google ethilics não funciona no carnaval ...
O Casagrande e o Cesar Maluco saem do banheiro...
Zé Luiz.
20.12.08
14.10.08
Na Igreja do Ai, Jesus, do Mecardo Globalizado dos últimos dias
O Concílio de Wall Street aprovou, nesta terça-feira negra, o novo credo do mercado de capitais:
Credo Capitalis
Creio no Capital todo-poderoso
criador do Céu e da Terra
e no Livre-Mercado
seu único filho
nosso Senhor.
Que foi concebido pela lei da oferta e da procura,
nasceu de nossa ganância,
padeceu na baixa dos mercados,
foi incorporado, refinanciado e desvalorizado,
despencou no índice Dow-Jones,
recuperou-se com viés de alta no terceiro dia,
subiu para as Ilhas Cayman,
está depositado em conta numerada numa empresa de fachada,
donde podem vir a resgatá-Lo os vivos e os mortos.
Creio na bolsa de valores,
no sistema financeiro internacional,
na auto-regulamentação dos mercados,
na remissão dos títulos públicos,
na repartição dos dividendos,
no Estado mínimo,
na livre-iniciativa,
na dívida eterna.
Amém
Com a benção do
Cardeal Ratzinpulguer
Credo Capitalis
Creio no Capital todo-poderoso
criador do Céu e da Terra
e no Livre-Mercado
seu único filho
nosso Senhor.
Que foi concebido pela lei da oferta e da procura,
nasceu de nossa ganância,
padeceu na baixa dos mercados,
foi incorporado, refinanciado e desvalorizado,
despencou no índice Dow-Jones,
recuperou-se com viés de alta no terceiro dia,
subiu para as Ilhas Cayman,
está depositado em conta numerada numa empresa de fachada,
donde podem vir a resgatá-Lo os vivos e os mortos.
Creio na bolsa de valores,
no sistema financeiro internacional,
na auto-regulamentação dos mercados,
na remissão dos títulos públicos,
na repartição dos dividendos,
no Estado mínimo,
na livre-iniciativa,
na dívida eterna.
Amém
Com a benção do
Cardeal Ratzinpulguer
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